Dayanne Bezerra, irmã da advogada e influenciadora Deolane Bezerra, anunciou que a irmã será liberada da prisão nesta segunda-feira. Em um vídeo publicado nas redes sociais, Dayanne informou que a mãe delas, Solange Bezerra, não obteve o mesmo benefício e continuará presa. A concessão do habeas corpus para Deolane foi confirmada também pelos advogados da família.
“Estamos indo para a porta do presídio a Deolane foi liberada, mas minha mãe não é uma prisão injusta, arbitrária Precisamos de vocês lá, quem puder ir nos ajudar vamos sair com a Deolane, mas precisamos mais do que nunca da ajuda de vocês. Minha mãe é inocente, não há nada que justifique essa prisão”, declarou Dayanne.
Carlos Barros, advogado de Deolane, confirmou que a influenciadora recebeu o habeas corpus e que a defesa está trabalhando para que a liberação ocorra “o mais rápido possível”.
Deolane Bezerra foi presa na semana passada no âmbito da Operação Integration, que investigava a criação de uma plataforma de apostas para lavagem de dinheiro de jogos ilegais, segundo a Polícia Civil de Pernambuco. O site de apostas, com um capital social de R$ 30 milhões, teria sido usado para canalizar recursos provenientes de jogos como o Tigrinho, que são proibidos no Brasil. Solange Bezerra, mãe de Deolane, é acusada de envolvimento no esquema.
Além das prisões, a Justiça bloqueou R$ 20 milhões de Deolane e R$ 3 milhões de sua mãe. A empresa de Deolane também teve R$ 14 milhões congelados. Durante seu depoimento, a influenciadora afirmou ter uma renda mensal de R$ 1,5 milhão. Já Solange, quando questionada sobre as movimentações financeiras, alegou inicialmente que se tratavam de valores de publicidade, mas depois disse não se recordar das origens.
A operação também teve como alvo a empresa Esportes da Sorte, da qual Deolane é garota-propaganda. A empresa pertence a Darwin Filho, cujo pai, Darwin Henrique da Silva, é um conhecido bicheiro de Pernambuco.
Investigação sobre bolsas de luxo
Deolane Bezerra também foi citada em uma investigação da Polícia Federal do Ceará por suposta compra de uma bolsa de luxo roubada, revendida por integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC). Segundo a Revista Piauí, o esquema era comandado pela cunhada e sobrinha de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder da facção. Deolane, no entanto, não é investigada neste caso.
Constam na investigação transações bancárias de R$ 11,7 mil entre Deolane e a cunhada de Marcola, que está presa desde abril e é ré em uma ação penal na Justiça cearense, acusada de integrar uma organização criminosa.