Amazonas

Intervenções artísticas e audiovisuais em Manaus

Nos últimos meses percebemos várias intervenções artísticas e culturais pela cidade de Manaus. Eram grafites, pinturas, exposições que coloriram a cidade e até projeções visuais que chamavam atenção para as diversidades do cotidiano ou até que causavam a saudade por lembrar das vítimas do difícil período da pandemia vivido atualmente.

Nossa equipe foi atrás de encontrar esses artistas e conversou com Tadeu Rocha Júnior, fotógrafo que produziu a Exposição Contrastes de Manaus – uma projeção em prédios da cidade, que através de fotografias propôs um olhar sincero sobre as inúmeras camadas que existem entre um momento e uma foto, especificamente em nossa cidade, uma grande capital, com arquitetura vasta e diversificada, gente que trabalha arduamente debaixo deste sol, ou que madruga na feira, que vende peixe e que também abriga hoje um dos maiores polos industriais do país.

Tadeu ressaltou que a fotografia urbana tenta espacializar a vivência e a descoberta de contrastes sociais, como áreas da cidade dividas pelas diferenças socioeconômicas, assim como pessoas em situação de risco e vulnerabilidade que se tornaram “invisíveis” no cotidiano, capturando algo a mais na realidade visível, identificando o que passa despercebido em virtude do automatismo criado pelos hábitos corriqueiros, a fim de “dar óculos” para que a sociedade consiga enxergar as suas diferenças e o significado real do que são os Direitos Humanos e que os invisíveis deixem essa condição.

Quando questionado sobre a execução do projeto e a respeito de recursos, o fotografo explicou que o Governo do Estado do Amazonas apoiou artistas durante a pandemia com a execução da Lei Aldir Blanc, fomentando a realização de diversas atividades culturais, por intermédio de editais lançados pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Amazonas, desde de 2020 e que esta era a resposta de terem tantas intervenções culturais sendo realizadas na cidade.

Foi o que também nos contou a produtora cultural, Keila Gama, que produziu a Exposição Ai que saudade – Uma intervenção Urbana uma intervenção urbana que homenageia as vítimas do novo coronavirus – Covid 19, idealizada por Ellen Vasconcelos, arquiteta e urbanista que encontrou a forma de famílias darem o último adeus aos entes queridos das famílias afetadas.

“Ai que Saudade” também teve o objetivo de conscientizar a população para importância de manter os protocolos de prevenção como o uso de máscaras, álcool em gel e distanciamento e, por este motivo distribuímos aos visitantes da Exposição disse Ellen Vasconcelos. As exposições foram projetadas em prédios da cidade de Manaus, e também puderam ser vistas na sala de cinema Silvino Santos do Centro Cultural povos da Amazônia, durante a Feira Povos Criativos, realizada pela SEC.


Evi Goffin

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