Brasília: “A médica falou que fez de tudo para salvar os dois, porque viu esse amor e cuidado entre eles e a família. Os filhos, o genro, a nora, os netos, todos se prontificaram a cuidar até o último momento”, relata a auxiliar de limpeza Lucineide Nunes, 26 anos, filha de Antônio Nunes, 67 anos e Francisca Nunes, 54.
Depois de perder o patriarca para a doença, a filha e seus irmãos receberam a notícia da morte da mãe quando ainda estavam concluindo o enterro do pai.
A morte do aposentado Antônio ocorreu menos de 24 horas antes do óbito de sua esposa. Ele foi sepultado no sábado (3); ela, no domingo de Páscoa.
Antônio e Francisca deixam quatro filhos e sete netos. Antônio e Francisca eram maranhenses. Eles tiveram contato com o coronavírus numa viagem à terra natal em que foram buscar uma irmã de Antônio, Maria Azevedo Silva, para trazê-la a Brasília.
Como estava há mais tempo com a doença, Maria foi a primeira a ser internada, no início de março. Ela faleceu uma semana depois.
“Quando eles estavam vivos, a gente dizia que quando um morresse o outro iria logo em seguida, e foi o que aconteceu. Estamos vivendo um luto porque nossos pais eram muito amados. Nosso condomínio não será mais o mesmo”, disse Lucineide.