Amazonas

Festival de Parintins aquece o comércio local e vendas crescem em até 200%

O Festival deve movimentar cerca de R$ 120 milhões na economia de Parintins e das cidades do entorno

Trabalhando com venda de camisas e acessórios para o Festival Folclórico de Parintins há 36 anos, o comerciante Sonora Lima, 59, está confiante com o crescimento das vendas no período que antecede e durante o Festival de 2023. “As vendas crescem 200% nesse período. O nosso movimento é bastante grande”, disse Sonora.

O estabelecimento de Sonora fica localizado na Avenida Amazonas, uma das principais da Ilha Tupinambarana  (distante 369 quilômetros de Manaus), e está situado em frente à Catedral Nossa Senhora do Carmo, ponto de encontro dos visitantes. Sonora explica qual a estratégia para atrair os torcedores dos bumbás Caprichoso e Garantido.

“Com esses 36 anos eu me tornei dos dois bumbás, como a gente usa aqui a expressão, Garanchoso. Um dia eu venho de vermelho e no outro dia eu vou de azul.  E assim eu passo a festa toda brincando também”, explicou o comerciante.

De acordo com dados da Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur), em 2023, o Festival deve movimentar cerca de R$ 120 milhões na economia de Parintins e nas cidades do entorno. É o que também reflete no crescimento do serviço de mototáxi, que chega a dobrar, segundo o mototaxista Reinaldo Soares, 48.

“A rotina é a de sempre, saio cinco da manhã praticamente todos os dias, desde o baile dos visitantes até o último dia. Cansa, mas tem que fazer essa rotina e aproveitar o momento porque depois volta ao patamar de sempre. A expectativa é sempre que seja melhor que o ano que passou”, acrescentou.

Símbolo de transporte tradicional na ilha dos bumbás Caprichoso e Garantido, os triciclos também veem sua movimentação crescer e preparam o veículo com as características da festa para atrair mais ainda os visitantes.

Trabalhando como tricicleiro há 20 anos, Plácido Melo, 61, fala da expectativa para receber os turistas e explica que a cada ano prepara uma decoração diferente, sempre beneficiando as cores azul e vermelha. “Eu sempre gostei de enfeitar o meu veículo de trabalho. E é esse lado que eu sempre gosto de fazer, sobre a ornamentação dele”, afirmou Plácido, que batizou o seu instrumento de trabalho de “Triciclo Pai D’égua”.

Para repor as energias

E para ajudar a amenizar o cansaço dos visitantes, os parintinenses também estão preparados. Madalena Rodrigues, 65, popularmente conhecida como Madá, vende sopas há mais de 30 anos na cidade.  A comerciante explica como prepara os pratos.

“Eu fico ouvindo a música da igreja, MPB e agradecendo a Deus pelo dom da vida. Esse é o melhor tempero da minha sopa. Eu corto com todo amor e carinho a sopa”, disse Madá.

WSP
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