Ex-panicat que chutou policial vira ré por desacato e outros 3 crimes
Justiça aceitou denúncia do MPSP e tornou ré a ex-panicat Ana Paula Leme por embriaguez ao volante, resistência, desacato e ameaça
São Paulo — A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) e tornou ré a ex-panicat Ana Paula Leme, de 47 anos, por embriaguez ao volante, resistência, desacato e ameaça. A modelo foi presa na noite de 20 de julho no bairro Cambuí, em Campinas, no interior de São Paulo, após agredir um policial militar e ofender uma funcionária de uma loja de conveniência de um posto de gasolina.
De acordo com a decisão, obtida pelo Metrópoles, o MPSP a denuncia, por meio de infração do Código de Trânsito Brasileiro, por ter dirigido “com a capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de substância psicoativa que determina dependência”.
Além disso, Ana Paula Leme foi denunciada por crime de resistência porque “opôs-se, mediante violência, à execução de ato legal praticado pelo policial militar”; por crime de desacato contra “funcionários públicos no exercício de suas funções”, e por ameaça por ter “ameaçado causar mal injusto e grave à vítima Raíssa de Godoy Ochôa”, que a atendeu na loja de conveniência onde os crimes ocorreram.
“Interrogada, a denunciada confessou que chutou o policial militar, porém, negou a ofensa e ameaça contra a vítima Raíssa [atendente da loja de conveniência]. Ainda, negou ter se recusado a pagar os alimentos e bebidas consumidos na loja de conveniência. Alegou que entrou em surto psicótico ao ter sido presa, bem como que só havia tomado uma cerveja antes de chegar no estabelecimento”, escreveu o juiz Caio Ventosa Chaves, da 4ª Vara Criminal de Campinas.
Ana Paula Leme vai responder ação penal na Justiça, em liberdade.
Um laudo pericial do Instituto Médico Legal (IML) confirmou que a ex-panicat Ana Paula Leme estava embriagada. Com isso, a Polícia Civil concluiu a investigação e encaminhou o relatório final ao MPSP, que prosseguiu com a denúncia. Depois de presa por embriaguez ao volante, desacato, ameaça e injúria, ela foi liberada em audiência de custódia no dia seguinte após pagar fiança de um salário mínimo.
Após a prisão, a modelo se recusou a fornecer sangue para avaliação do teor alcóolico no corpo. Mesmo assim, ela passou por uma avaliação no IML de Campinas ainda na noite de sábado. O legista responsável pelo exame apontou que que Ana Paula estava sob efeito de álcool e/ou outras substâncias psicoativas. O funcionário ao diagnóstico após perceber que a mulher tinha uma hálito “discretamente” etílico, apresentou uma atitude agressiva, tinha atenção e concentração dispersiva, dificuldade de fixar memória, pulso rápido, funções sensoriais alteradas e sua pupila reagia mal à presença de luz.
Imagens feitas por uma testemunha mostram o momento em que a ex-panicat agride PMs na loja de conveniência. No vídeo, divulgado pela EPTV, é possível ver a mulher dando um chute na genitália de um dos policiais. Na sequência, ela é colocada no porta-malas da viatura.
A polícia foi acionada após Ana Paula Leme discutir com funcionárias do estabelecimento. Segundo o relato de uma delas, a modelo chegou ao local dirigindo um Jeep Renegade, estacionou e entrou no estabelecimento com sinais de embriaguez. Ela pegou uma cerveja long neck e teria precisado de ajuda para abri-la, por supostamente estar alcoolizada. A versão da atendente diz que, na sequência, Ana Paula pegou um salgado, deu uma mordida e jogou o alimento no balcão, dizendo que estava muito ruim. As funcionárias deram à ex-panicat um novo salgado, que também foi atirado no balcão.