Estreia literária do jornalista Cristóvão Nonato celebra 40 anos de carreira na Amazônia
Durante três dias de evento serão realizadas tardes e noites de autógrafos, no espaço dedicado aos autores que lançarão seus livros
Uma estreia no jornalismo literário com os relatos da carreira do radialista, âncora de televisão e consultor de imprensa, Cristóvão Nonato, tem seu lançamento agendado para os dias 26, 27 e 28/11, das 13h às 21h, no auditório da Fundação Dr. Thomas, localizado na R. Vila Amazonas, 798 – bairro Nossa Sra. das Gracas, Zona Centro-Sul, durante o 3o. Festival Literário de Manaus (FLIM).
A obra é composta de 21 crônicas que fazem um passeio pelas quatro décadas de atuação de Nonato no jornalismo, em rádio e televisão, além de assessoria de imprensa em órgãos públicos importantes na Amazônia.
“O tom é autobiográfico em primeira pessoa, onde relato os projetos e vivências mais marcantes da carreira, partindo do começo de tudo, aos 7 anos de idade, quando meu mestre Waldemar Lemos me mostra como funciona o rádio do seu pequeno estúdio de voz de bairro, serviço de autofalantes”, conta o autor.
Ele diz que seu objetivo primordial com a obra é mostrar aos estudantes de jornalismo e demais interessados a realidade de uma profissão muito dura, desafiadora, mas prazerosa e vital para a sociedade; e também contribuir para o esforço mundial de combate à desinformação e contaminação da opinião pública com as notícias falsas, as terríveis “fake news”.
São relatos que fundem o literário e o jornalístico, um toque de ficção a partir de impressões da realidade amazônida, desde sua infância quando o rei dos meios de comunicação era o rádio, passando, no período da faculdade, para a televisão, e evoluindo para a comunicação digital multiplataformas, nos dias atuais. “Conto também os desafios das lutas e perseguições enfrentadas na jornada, seja pelos interesses dos grupos de comunicação, da política e pela defesa da ética”, pontua Nonato.
No Prefácio, o professor de literatura, poeta e crítico literário, Carlos Guedelha, sublinha que o rádio e o jornalismo desempenham papel fundamental na Amazônia: “Em suas reminiscências, Cristóvão se esmera em recriar os flagrantes de sua formação, de suas atuações profissionais e das múltiplas vivências que a memória vai recolhendo na linha do tempo”. Segue descrevendo Guedelha: “Ali estão os primeiros anos da formação do menino que viria a ser o homem, as primeiras impressões sobre a linguagem e o seu encanto, a inspiração vinda do Rio e da floresta, o aprendizado junto aos mestres da comunicação, a vida universitária e suas ricas nuances, o mergulho no mundo do jornalismo e do radialismo e as descobertas sobre o poder, com sua fascinação e intrigas.”
O jornalista Arnoldo Santos fez a Apresentação da obra e ressalta que o livro é uma rica e complexa história da Amazônia, “com um foco especial na evolução das rádios e na cultura que floresceu ao longo das décadas”. E afirma: “Cristóvão não foi só testemunha ocular da história. Ele foi personagem dela, com protagonismo considerável, ao ponto deste livro ser descritivo, documental, mas testemunhal também.”
Quatro fases
Os quatro capítulos englobam as décadas que vão da estreia em rádio, na sua cidade, Guajará-Mirim (RO); seguido da formação universitária em Manaus; as experiências em outros Estados; e a última década em Manaus, na ativa entre veículos tradicionais de grandes grupos de comunicação e as assessorias de imprensa. “O trabalho de assessoria de imprensa é vital para a sobrevivência dos jornalistas, nessa selva do jornalismo, onde o jogo de interesses coloca à prova sua ética profissional, credibilidade e consciência”, revela Nonato.
O livro foi editado sob o selo da Manauara Editorial.