ENTENDA POR QUE O PRÍNCIPE PHILIP NÃO ERA REI

Nesta sexta, 9 de abril, a família real anunciou a morte do Príncipe Philip, Duque de Edimburgo e companheiro da monarca Elizabeth II. Aos 99 anos de idade, o nobre e a rainha já estavam casados há 73 anos.

Philip, marido da rainha Elizabeth II, nasceu como príncipe da Dinamarca e da Grécia, mas foi obrigado a abandonar seus títulos para poder se casar com a monarca, e tornou-se apenas Philip Mountbatten.

Entretanto, para não deixar o amado sem cargos, Elizabeth o concedeu diversos títulos, incluído o de Sua Alteza Real, o Príncipe Philip e Duque de Edimburgo. Mas, por que o marido da rainha não era rei?

Segundo as leis britânicas, apenas monarcas homens concedem o título para as esposas, tornando-as rainhas. Então, de acordo com essa lógica, Camilla Parker-Bowles, esposa do Príncipe Charles, o primeiro na linha de sucessão, se tornará rainha consorte assim que Elizabeth morrer e o marido assumir o trono (ainda que existam polêmicas ao redor do assunto).

Entretanto, quando se trata de monarcas mulheres, a lei muda. A princesa que assume o trono, e se torna rainha, não passa o título de rei consorte para o marido. Foi uma forma encontrada de evitar que a linhagem real não passe para a família do homem.

Dessa forma, quando o rei George VI faleceu, em 6 de fevereiro de 1952, Philip não teve o direito de se tornar rei e, apenas Elizabeth recebeu o posto de rainha. Durante a cerimônia de coroação, o Duque de Edimburgo teve que se ajoelhar aos pés de sua esposa e jurar honrá-la e obedecê-la, conforme diz a tradição, em uma curiosa contradição: na época, apenas as mulheres juravam honrar e obedecer durante a cerimônia de casamento.

Sair da versão mobile