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Defensoria Pública diz que fará avaliação técnica para concluir investigação sobre pacientes amarrados em Parintins

A Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE) informou por meio de nota, nesta segunda-feira (1º), que aguarda uma avaliação técnica de profissionais de saúde para concluir a apuração sobre a denúncia de pacientes com Covid-19 amarrados em suas camas por falta de sedativo no Hospital Municipal Jofre Cohen, em Parintins. De acordo com a assessoria do órgão, essa avaliação consiste em ouvir especialistas para saber se o procedimento que aconteceu em Parintins é adequado ou não.

Na época da denúncia, a presidente da Associação de Medicina Intensiva Brasileira, Suzana Lobo, já havia afirmado que diante da situação de não ter sedativos, o procedimento de amarrar pacientes não está errado. “A primeira coisa que pode acontecer é uma auto-extubação. Ele tira o tubo, e isso pode inclusive levar a uma parada cardíaca”, disse.

A investigação foi divulgada no dia 22 de fevereiro, a partir da denúncia de que havia acabado o sedativo usado na intubação. Os pacientes estavam inconscientes, intubados e em estado grave.

A Defensoria Pública reiterou que já recebeu informações requisitadas da direção da unidade hospitalar, assim como da prefeitura de Paritins. Não foram divulgados detalhes sobre quais informações teriam sido requisitadas.

Passada essa etapa inicial, será feita uma avaliação dos dados coletados para definir quais medidas judiciais ou extrajudiciais podem ser adotadas pelo órgão.

Denúncia

A Defensoria Pública abriu a investigação para apurar se pacientes com Covid-19 foram amarrados por falta de sedativo no Hospital Municipal Jofre Cohen, em Parintins, no interior do Amazonas, após receber denúncias.

Na ocasião, a Secretaria Municipal de Saúde de Parintins informou, em nota, que não houve falta de medicamentos sedativos em pacientes intubados na unidade. Quanto à denúncia, a Secretaria informou que “contenção dos mesmos é necessária para mantê-los em segurança, ao iniciar a diminuição dos sedativos, como no processo de extubação, evitando acidentes com os mesmos em uma movimentação brusca ou qualquer agitação que possa ocorrer após um longo período intubado”.

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) também afirmou que recebeu um pedido de medicamentos de Parintins e no mesmo dia abasteceu o município com medicamentos para sedação solicitados. Além disso, a SES afirmou que não houve relatos oficiais sobre os fatos narrados.

Evi Goffin

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