Chuvas intensas marcam o inverno amazônico no Norte do Brasil
Enquanto a maior parte do Brasil desfruta do calor do verão, a Região Norte enfrenta o fenômeno conhecido como “inverno amazônico”, caracterizado por chuvas intensas e frequentes. Este período chuvoso, que vai de outubro a março, altera significativamente o clima da região e causa impactos no cotidiano e no meio ambiente das cidades locais.
O inverno amazônico intensifica as chuvas na região, contribuindo para a cheia dos rios, que em 2024 enfrentaram secas extremas. Além disso, a elevação da umidade do ar causa um aumento nas doenças respiratórias, como observado recentemente em Manaus, onde milhares de pessoas buscaram assistência médica devido ao aumento de casos de síndromes gripais leves.
A meteorologista Andrea Ramos explica que o fenômeno, presente em todos os estados da Região Norte — Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins — é resultado de uma combinação de diversos fatores:
A ausência de estações bem definidas na Região Norte;
A oscilação de uma faixa de nebulosidade sobre a linha do Equador;
O transporte de umidade do Atlântico Norte;
E, por fim, especificamente neste ano, o fenômeno La Niña.
“Ao contrário do restante do país, onde as estações são mais bem definidas, na Região Norte não é possível perceber essa divisão. Lá, temos o período chuvoso — o inverno amazônico — e o período menos chuvoso, conhecido como verão. O período de chuvas vai de outubro a março”, explicou.