Caso Djidja: Mãe, irmão da ex-sinhazinha e mais cinco pessoas são condenados a mais de 10 anos de prisão por tráfico de drogas

A Justiça do Amazonas condenou sete pessoas, incluindo a mãe e o irmão de Djidja Cardoso, por envolvimento em um esquema de tráfico de drogas e associação para o tráfico. Djidja, conhecida como “ex-sinhazinha”, foi encontrada morta no final de maio em Manaus, e a Polícia Civil investiga a hipótese de que sua morte tenha sido causada por overdose de cetamina, substância que fazia parte de um grupo que promovia o uso indiscriminado da droga. O laudo oficial sobre a causa da morte ainda não foi divulgado, mas um laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML) já apontava a droga como um possível fator.

A investigação revelou que a família de Djidja, incluindo sua mãe, Cleusimar Cardoso, e seu irmão, Ademar Cardoso, fundou um grupo religioso denominado “Pai, Mãe, Vida”, que utilizava a cetamina, substância sintética conhecida por causar alucinações e dependência, como parte de suas atividades. A investigação também apontou que o grupo tinha conexões com um coach, proprietários de uma clínica veterinária e outros envolvidos, que forneciam a droga. Em junho, o Ministério Público do Amazonas apresentou denúncia contra os réus, acusando-os de tráfico e associação para o tráfico de entorpecentes, com a mãe de Djidja, Cleusimar Cardoso, sendo considerada a figura central do esquema.

Nesta terça-feira (17), seis meses após a denúncia, o juiz Celso de Paula, da 3ª Vara de Delitos de Tráfico de Drogas do Amazonas, proferiu a sentença. Todos os condenados receberam penas de 10 anos, 11 meses e 8 dias de reclusão. A lista inclui Cleusimar Cardoso, Ademar Cardoso, o proprietário da clínica veterinária, José Máximo Silva de Oliveira, seu sócio, Sávio Soares Pereira, o coach Hatus Moraes Silveira, a gerente da rede de salões de beleza da família, Verônica da Costa Seixas, e o ex-namorado de Djidja, Bruno Roberto da Silva Lima.

Desses, Verônica e Bruno Roberto foram autorizados a recorrer em liberdade, pois estão em liberdade provisória. Os demais condenados cumprirão suas penas no regime fechado. A sentença ainda determinou a absolvição de três réus devido à insuficiência de provas, sendo eles Emicley Araujo Freitas Júnior, ex-funcionário da clínica, e Claudiele Santos da Silva e Marlisson Vasconcelos Dantas, ex-funcionários dos salões de beleza ligados à família de Djidja.

A decisão judicial também desmembrou o processo em relação a outros crimes atribuídos aos réus, encaminhando-os para as varas competentes para análise de acusações adicionais.

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