Árvores raras na Amazônia que podem chegar a quase 90m de altura

Você sabia que algumas árvores raras na Amazônia podem chegar a quase 90m de altura? O tamanho é quase de um prédio de 30 andares, mais de duas estátuas do Cristo Redentor empilhadas. 

Uma expedição de pesquisadores brasileiros visitou, agora em janeiro, uma nova área na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Iratapuru, no Amapá, E a surpresa foi encontrar uma nova espécie dessas plantas gigantes, no caso exemplares de castanheira de quase 70 metros de altura. 

O engenheiro florestal Eric Bastos Gorgens, professor da Universidade Federal do Vale do Jequitinhonha e do Mucurí, que participa da pesquisa, explica que essas árvores tem um papel único na ecologia da floresta. 

Inicialmente, não se esperava que árvores tão grandes sobreviveriam na Amazônia. Mas, a partir de fotos aéreas, o grupo com 15 pesquisadores brasileiros e estrangeiros conseguiram definir seis localidades com essas gigantes. Num laboratório não era possível definir as espécies dessas árvores e nem o ambiente que proporcionou esse desenvolvimento gigantesco. Assim, foi preciso organizar expedições para encontrar essas espécies. 

A primeira visita do grupo de pesquisa, em 2019, na região Floresta Estadual do Paru, no Pará, onde foi encontrada a maior árvore do país, com 88 metros, da espécie angelim vermelho, até então a única registrada com esse porte gigante. 

Nas duas expedições foram encontradas seis árvores com mais de 80m de altura e centenas de outras com mais de 70. Essas árvores têm o papel de grande armazenadora de carbono, como explica o professor Eric. A estimativa dos pesquisadores é que as árvores gigantes tenham mais de 500 anos de vida. 

Todos os locais estudados estão em unidades de conservação, de difícil acesso, o que ajuda a preservar essas árvores. Os pesquisadores planejam ainda visitar as outras quatro áreas onde forma localizadas mais dessas árvores gigantes. A próxima expedição está prevista para agosto desse ano. 

Para continuar as pesquisas, o projeto conta hoje com o apoio apenas do Fundo Iratapuru, mas está em busca de novas fontes de recursos.

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