Autoridades na área da saúde têm demonstrado cada vez mais preocupação em relação a nova variante que surgiu em Manaus e que seria a responsável pela segunda onda da covid-19 que assola todo o Amazonas.
Segundo o pesquisador e vice-diretor da Fiocruz Amazônia, a nova cepa é considerada uma das mais perigosas já descobertas até agora. Além de ser mais transmissível, ela avança mais rápido e por isso, causa mais mortes.
Naveca explica que só no Amazonas circulam mais de 33 variantes do coronavírus, mas apenas a P1, como foi denominada a nova cepa, é que tem esse potencial devastador. Além do alto índice de mortalidade que ela tem apresentado, ainda há a preocupação com os casos de reinfecção pela mesma mutação.
O estado já registra três casos confirmados e a FVS investiga outros três. Além disso, a variante tem avançado por outros estados que já amargam um colapso no sistema de saúde igual ao vivido nos meses de janeiro e fevereiro em Manaus.
A P1 foi atrelada a pelo menos 90% de casos da covid entre dezembro e janeiro no Amazonas e matou milhares de pessoas. Apesar da preocupação também com as novas cepas sul-africana e britânica, no Brasil o foco das atenções ainda é a variante originária em Manaus.
O especialista defende o isolamento social e acredita que até que a vacinação caminhe a passos largos, a população não deve se descuidar, pois o risco ainda não passou.