Amazonas perde Juarez Lima, ícone da arte Parintinense, aos 58 anos
O renomado artista plástico parintinense Juarez Lima, de 58 anos, faleceu na tarde desta sexta-feira (22) em Sankt Pölten, na Áustria, após complicações decorrentes de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) que resultou em morte cerebral. A confirmação da sua morte foi feita por seu filho, Juarez Filho, que estava acompanhando o pai durante a turnê europeia “Isso é Calypso Tour”, da cantora Joelma, onde Juarez era responsável pela cenografia.
Conhecido como Mestre Juarez, o artista era uma referência no universo das alegorias, tanto no Festival de Parintins quanto nos Carnavais do Rio de Janeiro e São Paulo. Seu trabalho impecável e sua devoção à padroeira de Parintins, Nossa Senhora do Carmo, eram amplamente reconhecidos, especialmente pela tradicional Romaria das Águas.
Em um gesto de generosidade, a família de Juarez Lima autorizou a doação de seus órgãos. O corpo será transportado para Manaus e, em seguida, para Parintins, onde será sepultado no Cemitério Municipal São José.
O Boi Caprichoso, com o qual Juarez colaborou por muitos anos, publicou uma nota lamentando sua morte e destacando sua contribuição imensa para o festival. “Juarez Lima foi um dos maiores nomes da arte parintinense, um mestre que produziu e formou gerações de artistas, incluindo Rossy Amoedo, atual presidente do Boi Caprichoso. Ele deixou um legado inesquecível com alegorias como a Mãe Natureza, Ayma Sunhé, Serpente Dinahí e a Lendária Boitátá”, afirmou o boi azul e branco.
O Boi Garantido também se manifestou em nota, recordando a importância do artista para o festival. “Juarez revolucionou o Festival de Parintins com seu talento incomparável, sendo discípulo do mestre Jair Mendes. Suas alegorias transformaram o espetáculo e consolidaram seu nome na história do festival”, destacou o Boi Garantido.
A morte de Juarez Lima representa uma grande perda para a arte parintinense e para o cenário cultural do Amazonas, deixando uma marca indelével de beleza, devoção e criatividade.