Caso Henry: Papa Francisco envia carta em solidariedade para o pai do menino
O Papa Francisco enviou uma carta a Leniel Borel de Almeida, pai do menino Henry Borel, de quatro anos, morto no dia 08 de março. No documento, assinado pelo Monsenhor Luigi Roberto Cona, o pontífice afirma que o crime foi um “massacre” contra o garoto.
O conteúdo feito por Francisco foi entregue a uma familiar de Leniel que mora em Portugal depois que ela escreveu ao chefe supremo da Igreja Católica sobre a morte de Henry. “Neste momento, seus familiares sentem que precisam de fortalecer a sua fé, unindo seus corações ao coração do Sucessor de Pedro, cuja fé conta com um apoio especial de Jesus, para confirmar a fé dos seus irmãos”, dizia um trecho da carta, endereçada a Leniel e sua mãe, Noeme Camargo Borges de Souza.
“O Santo Padre conta com Leniel e Noeme para contrastar a cultura da indiferença e do ódio que sente crescer ao seu redor, não se deixe contaminar pelo ódio, transformando-se a sua imagem e semelhança. Seja do número das pessoas que se recusam a entrar no circuito do ódio, que se recusam a odiar aqueles que lhes fizeram mal, dizendo-lhes: ‘Não tereis o meu ódio’. Desde modo, ajudará a parar o mal, como fez Abraão quando pediu a Deus para não exterminar os justos com os culpados”, acrescentou o documento.
“No momento mais difícil de nossas vidas, as palavras de amor e solidariedade transmitidas pelo Papa Francisco nos fortalecem na fé e nos apoiam ainda mais a sermos imitadores de Cristo. A carta que recebemos só ratifica que estamos no caminho certo de se opor ao sentimento de vingança, ódio e indiferença, não nos indignando de forma alguma para fazer o mal. Henry com certeza está feliz que não estamos nos vencendo pelo mal, mas vencendo o mal com o bem”, afirmou Leniel.
Monique Medeiros, mãe do pequeno Henry, e seu namorado, o médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido), estão presos previamente e são réus no processo que investiga a morte do menino.