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Vídeo: Troca de tiros que resultou na morte do policial na Bahia

O comandante-geral da Polícia Militar da Bahia (PMBA) confirmou, nesta segunda-feira (29/3), a morte do policial militar Wesley Góes, morto após efetuar disparos contra guarnições da PM durante um surto psicótico no domingo (28/3). Segundo Paulo Coutinho, um inquérito será instaurado para investigar os procedimentos adotados pela corporação na contenção do PM.

Durante a coletiva de imprensa, o comandante também rebateu as críticas de que a operação teria sido conduzida de forma “desproporcional” e afirmou que os policiais envolvidos só efetuaram os disparos quando tiveram suas vidas postas em risco pela ação do soldado Goés.

“Enquanto os disparos não estavam oferecendo riscos para a tropa e para as pessoas que circulavam, protegemos a integridade do soldado. Sempre temos esse cuidado, temos expertise de atender ocorrência dessa natureza. Foram utilizadas outras alternativas, porém ele estava com uma arma de grande poder de letalidade e em determinado momento todos os recursos de isolamento e proteção foram esgotados”, avaliou.

Policial em surto 

A ocorrência que culminou na morte do PM começou por volta das 14h do domingo, quando o militar chegou armado com fuzil e pistola, na região do Farol da Barra, uma área turística de Salvador.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), a negociação com o soldado durou aproximadamente três horas e ele alternava momentos de lucidez com acessos de raiva, acompanhados de disparos. Além dos tiros de fuzil, o soldado arremessou grades, isopores e bicicletas no mar. Três viaturas de quatro rodas também foram desengrenadas e direcionadas para guarnições que isolavam o local.

Segundo a nota do órgão, aproximadamente às 18h35, o soldado verbalizou que havia chegado o momento, fez uma contagem regressiva e iniciou os disparos contra as equipes do Bope. “Após pelo menos 10 tiros, o soldado foi neutralizado e socorrido”, diz o texto. Ele foi levado ao Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Vídeo de cobertura da Band

“Os nossos objetivos primordiais são preservar vidas e aplicar a lei. Buscamos, utilizando técnicas internacionais de negociação, impedir um confronto, mas o militar atacou as nossas equipes. Além de colocar em risco os militares, estávamos em uma área residencial, expondo também os moradores”, declarou o comandante do Bope, major Clédson Conceição.

WSP
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