Baleia suspeita de ser usada como “espiã” russa é encontrada morta na Noruega
Uma baleia beluga, que levantou suspeitas de ser usada como “espiã” russa em 2019, foi encontrada morta na Noruega no sábado (31). Ela era apelidada de “Hvaldimir” e foi encontrada por pescadores.
Na época em que levantou suspeitas, a baleia usava uma fita, semelhante a um cabresto de cavalo, o que fez com que autoridades norueguesas pensassem que ela poderia ter sido treinada para ser uma espiã.
A carcaça do animal foi encontrada flutuando na Baía de Risavika, no sul da Noruega, por um pai e um filho que pescavam no local, afirma a TV pública norueguesa NRK.
O nome “Hvaldimir” junta a palavra norueguesa para baleia – “hval” – e o primeiro nome do presidente russo, Vladimir Putin. Ela foi tirada da água com o uso de um guindaste e levada até um porto onde deve passar por avaliação de especialistas.
— Infelizmente encontramos Hvaldimir flutuando no mar. Ela faleceu, mas não está imediatamente claro qual é a causa da morte — afirmou o biólogo marinho Sebastian Strand à NRK.
Ela não possuía ferimentos aparentes externos e aparentava estar em boas condições na sexta-feira (30), de acordo com o biólogo.
Baleia espiã?
O comportamento familiarizado com humanos foi um dos motivos para que as autoridades norueguesas desconfiassem que a baleia teria escapado de um cativeiro e sido treinada pela marinha russa.
O animal tem 4,2 metros de comprimento e 1.225 kg. Na primeira vez, ela foi avistada perto da ilha de Ingøya, no norte do país. Além do “cabresto”, ela usava o que parecia ser um suporte para uma pequena câmera e uma fivela marcada com o texto “Equipamento São Petersburgo”.
De acordo com especialistas, a Marinha russa costuma treinar baleias para fins militares. A beluga passou a ser vista em outras cidades da costa da Noruega, onde os moradores perceberam que ela era mansa e gostava de brincar com as pessoas.
“Com base nestas observações, parece que Hvaldimir chegou à Noruega atravessando as águas russas, onde se presume que foi mantido em cativeiro”, afirmou ONG Marine Mind.