Os elementos por trás do assassinato da jovem Camille Vitória Rodrigues, de 21 anos, encontrada morta após 10 dias desaparecida no Rio de Janeiro, instigam o trabalho da investigação, que tenta descobrir o que teria motivado o crime.
A jovem, mãe de três filhos pequenos, era faxineira, fazia bicos para complementar a renda e saiu de casa no dia 5 de julho para uma suposta entrevista de emprego. Ela disse à família que iria ao Centro da cidade se informar sobre uma proposta de trabalho. Depois disso, ninguém obteve mais contato com ela.
Por 10 dias, familiares e amigos tentaram descobrir o paradeiro da mulher, com a esperança de que ela fosse ser encontrada com vida, mas o corpo foi localizado nessa segunda-feira (15/7) em uma área de mata, no município de Magé, na Baixada Fluminense.
O local foi indicado por um dos homens que é tido como suspeito do crime, um ex-policial, cuja identidade não foi divulgada. Ele foi liberado pela Justiça, após ter o pedido de prisão negado. Além dele, outro homem é considerado suspeito. Trata-se do zelador do local onde Camille trabalhava. Ele teria sido o intermediador da tal entrevista de emprego.
O que falta descobrir sobre o assassinato?
Apesar desses indícios, muitos elementos seguem soltos na investigação. A polícia tenta agora decifrar questões, como a motivação, a dinâmica do assassinato, a causa da morte e quantas pessoas estariam envolvidas no caso.
O que se sabe, até então, é que o zelador do clube onde ela trabalhava e o ex-policial estabeleceram contato com a jovem oferecendo uma oportunidade de trabalho. Segundo o zelador, ele foi procurado pelo militar para ajudá-lo a encontrar uma mulher “jovem e malandra” para fotografar uma suposta traição contra um colega.
Até o momento, a polícia não sabe ao certo como se deu a morte de Camille. O depoimento dos suspeitos indicam que ela foi se encontrar com o ex-policial e entrou no carro em que ele estava, em Caxias.
No trajeto, outros dois homens teriam entrado no veículo e isso teria, de acordo com o agente, o assustado.
O ex-policial relatou aos investigadores que abandonou o carro no caminho e deixou a mulher sozinha com os homens. Ele contou, ainda, que os viu agredindo Camille. Todas essas informações não esclarecem, ainda, o que teria motivado o assassinato da jovem.
Além dos dois suspeitos iniciais, o zelador e o ex-policial, falta descobrir agora quem seriam os demais envolvidos no caso. O local onde o ex-policial teria presenciado a agressão da vítima fica na mesma região onde o corpo dela foi encontrado.
Causa da morte
A investigação busca elucidar, também, qual foi a causa da morte. O corpo de Camille foi levado para o Posto Regional de Polícia Técnico-Científica (PRPTC), de Teresópolis, e passará por perícia nesta quarta-feira (17/7). O resultado deve sair em 30 dias.
O trabalho que seria executado por ela era registrar fotos de uma suposta traição conjugal sofrida por um empresário do ramo de combustíveis. O homem, segundo os suspeitos, teria em torno de 70 anos e estaria sendo traído pela companheira de 24.
*Metrópoles*
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