Saúde e Bem-Estar

Novembro Azul: No Norte, 65% das mulheres se importam mais com a saúde do parceiro do que ele com a própria

Em relação a outras localidades do Brasil, região foi aquela em que maior número de mulheres respondeu estar mais atenta à saúde do companheiro do que ele próprio

O Novembro Azul, conhecido como um mês dedicado à conscientização sobre a saúde masculina, busca destacar a importância da prevenção ao câncer de próstata, abordando, igualmente, questões relacionadas ao cuidado integral ligado ao bem-estar deles. No entanto, há desafios a serem superados, uma vez que existe uma resistência significativa dos homens em buscar ajuda médica e realizar exames preventivos.

Uma pesquisa feita pelo Centro de Referência em Saúde do Homem do Estado de São Paulo apontou que mais de 50% deles já chegam aos consultórios com doenças em estágios avançados, quando muitas vezes é preciso fazer intervenções cirúrgicas. Além disso, o mesmo trabalho mostrou que 70% das pessoas do sexo masculino vão a consultas médicas acompanhados das mulheres, denotando o relevante papel delas quando se trata de incentivo ao cuidado deles. E, pertinente a isso, o último estudo realizado pela Famivita revelou que, no Norte, 65% das mulheres consideram que se importam mais com a saúde do parceiro do que eles mesmos.

Interessante mencionar que, por comparação, a partir dos dados colhidos por localidade, o estudo da Famivita mostrou que o Norte foi a região em que mais mulheres responderam positivamente sobre isso, pois, no Centro-Oeste, 55% das mulheres diriam que se preocupam mais com a saúde do parceiro do que ele com a sua própria; no Nordeste, 53% delas afirmaram isso; no Sudeste, tal número representou 51%; e, no Sul, essa parcela correspondeu a 49%.

Além disso, no recorte total das pessoas que participaram na região, 91% disseram saber que homens a partir dos 50 anos devem fazer exame de próstata e 66% destacaram que os homens da família nesta idade estão realizando o exame preventivo.

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A informação que salva

De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, a chance de um garoto buscar um médico durante a adolescência é 18 vezes menor do que uma garota ir ao ginecologista. Profissionais da área costumam enfatizar quão relevante é o incentivo feminino dentro das famílias, nesse sentido, bem como da união de toda a sociedade para trazer uma maior conscientização deles quanto à rotina de exames, disseminando essa prática no convívio, em um esforço conjunto para que os homens mudem essa realidade.

Pertinente ao tópico, o estudo da Famivita também trouxe um dado nacional que chamou a atenção: 88% das pessoas entrevistadas disseram saber que homens a partir dos 50 anos precisam fazer o exame de próstata, sendo que 90% das mulheres afirmaram dispor de tal informação, contra 69% dos homens.

Rastreamento

Existem dois tipos de exames para o rastreamento do câncer de próstata: o toque retal e a dosagem de PSA. Este último é um exame de sangue e através dele se avalia a quantidade do Antígeno Prostático Específico – uma proteína produzida pelo tecido da próstata, mas também pelas células cancerosas.

Já o toque retal, um exame clínico, detecta alterações na próstata, como a presença de nódulos, endurecimentos e demais irregularidades. Embora desconfortável, o procedimento dura poucos segundos. Conforme especialistas, o ideal é que ambos os exames sejam feitos, visto que a combinação deles permite o diagnóstico precoce em até 80% dos casos.

Na atualidade, conforme abordado na pesquisa da Famivita, o que se recomenda é que essa avaliação seja feita em homens acima dos 50 anos. Já em homens com histórico de câncer de próstata na família, a sugestão é que isso deve acontecer a partir dos 45 anos.

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Uma multiplicação anormal das células da próstata, esse tipo de câncer pode ocorrer em quatro estágios ou fases, indo do menos agressivo ao mais agressivo. Comumente, na fase inicial, a doença é assintomática, não modificando, assim, a vida do paciente. Todavia, na fase avançada, o câncer de próstata pode trazer sintomas como dores, disfunção erétil e sangue ao urinar, bem como a vontade frequente de urinar, estando presente, ainda, a chamada “noctúria”, que é quando há essa vontade excessiva à noite. Entre os fatores de risco associados ao câncer de próstata figuram, primeiramente, a idade, depois vem o histórico familiar, tabagismo, sobrepeso e obesidade.

WSP
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