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Capitólio (MG): o que se sabe até agora e o que é dúvida sobre o acidente

Um bloco de rocha se soltou do paredão em um cânion e atingiu quatro embarcações neste sábado (8), em Capitólio, cidade turística localizada a cerca de 290 km de Belo Horizonte (MG). A imagem do desabamento foi filmada por turistas que estavam em outras lanchas.

Até as 21h deste sábado, o Corpo de Bombeiros confirmou a morte de sete pessoas no local e o desaparecimento de outras três — mais cedo, as autoridades chegaram a informar que havia 20 desaparecidos, mas afirmaram que, ao longo do dia, foi possível fazer o contato com dez vítimas. Segundo os bombeiros, isso aconteceu porque muitas pessoas foram socorridas por embarcações que estavam na região e foram levadas por meios próprios para unidades hospitalares.

Qual foi o horário do desabamento?

Segundo a corporação, o desabamento no paredão em Capitólio ocorreu entre as 12h30 e as 13h. Não se sabe ainda quanto tempo levou para o socorro chegar ao local.

Quantos mortos, feridos e desaparecidos?

Os bombeiros confirmam o número de sete mortos em decorrência do descolamento da rocha gigante — outras três pessoas estão desaparecidas. Ao menos 23 vítimas foram atendidas e liberadas na Santa Casa de Capitólio, e 9 seguem hospitalizadas: duas estão na Santa Casa de Piumhi (com fraturas abertas, expostas), três vítimas foram levadas para a Santa Casa de Passos (não há confirmação do estado de saúde delas) e outras quatro vítimas estão na Santa Casa de Passos (não há confirmação do estado de saúde delas) e outras quatro vítimas estão na Santa Casa de Misericórdia de São José da Barra (com ferimentos leves).

Quantas embarcações foram atingidas?

Número de vítimas socorridas? Lanchas afundaram? As autoridades afirmam que quatro embarcações que foram atingidas com o impacto da queda da rocha (direta e indiretamente). São elas: embarcação EDL (14 pessoas foram resgatadas com vida); Jesus (10 resgatados com vida); uma lancha vermelha, sem identificação (10 socorridas); e Nova Mãe (9 socorridos). Mais cedo, os bombeiros diziam que três lanchas haviam sido atingidas — duas delas teriam afundado.

Quantas pessoas estavam no local?

As embarcações podiam estar naquele lugar? As autoridades estimam que de 70 a 100 pessoas estavam no local no momento da tragédia. A Defesa Civil de Minas Gerais havia emitido um alerta para chuvas intensas na região com possibilidade de “cabeça d’água” — não se sabe se existe alguma norma que proíba a entrada de turistas nessa situação. A Marinha informou que investigará por que os passeios foram mantidos mesmo após os alertas. Sobre a atuação das embarcações no local, o coronel Edgar Estevo disse durante coletiva: “Essa é uma questão que cabe à Marinha do Brasil responder. São eles quem atuam nas autorizações no que se refere à segurança das embarcações, no que se refere à autorização para atuar naquela localização. Nós não temos essa informação neste momento.”

O que provocou o desabamento?

Peritos criminais da Polícia Civil foram até o local do desabamento para identificar os danos e as causas do acidente. Ainda não foram divulgadas informações se as chuvas fortes e a possibilidade de ocorrências de “cabeça d’água” possam ter causado o desmoronamento.

Quem é o responsável pela segurança do local?

Ainda não está claro de quem é a responsabilidade pela segurança do local, que recebe milhares de turistas do Brasil inteiro.

Evi Goffin

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