Dono do Supermercado Vitória, o casal Joabson Gomes e Jordana Freire está preso e é suspeito de ser o mandante do crime. Lucas e Jordana tiveram uma relação extraconjugal desde dezembro de 2020.
A polícia investiga quem ordenou o assassinato e quem é o autor dos disparos ainda não localizado.
Confira alguns trechos dessa entrevista com a Sra Elza, viúva do sargento assassinado.
Sra. Elza, como você conheceu o sargento Lucas Guimarães?
Ele chegou à Manaus em 2015, transferido pelo Exército, e eu o conheci em 2016.
Iniciamos o relacionamento, namoramos, moramos juntos a partir de 2017 e casamos em 2018.
Você sabe como o Lucas conheceu a Jordana?
O Lucas tinha uma empresa que prestava serviço ao Supermercado Vitória.
No fim do ano passado, ele já estava sem paciência para trabalhar com o dono de lá, por conta do tratamento dispensado a ele e, por um momento, chegou a quase desistir do contrato com eles.
O supermercado decidiu manter o contrato com o Lucas, mas a Jordana foi quem passou a conversar sobre os serviços. Foi assim que eles se conheceram.
Daí em diante, sei o que todo mundo já sabe através da polícia. A relação deles teve início em dezembro do ano passado.
Você tinha conhecimento sobre o caso extraconjugal do Lucas?
O Lucas soube que eu estava grávida no último mês de julho.
Ele, então, decidiu terminar o relacionamento com a Jordana. À essa altura, eu ainda não sabia de nada sobre eles.
Após a decisão dele junto à amante, eu comecei a receber ligações anônimas relatando o caso dos dois.
Eu e o Lucas conversamos sobre isso e ele negou tudo.
A partir disso, mesmo com as negativas dele, resolvi terminar o casamento. Estávamos morando na mesma casa, mas não dormíamos mais juntos.
Sobre o fim da relação com a Jordana, o que você sabe?
Sei o que a polícia investiga. Ele terminou o relacionamento com a amante, mas a Jordana não aceitou e passou a ameaçá-lo com ligações telefônicas.
Em determinado momento, ela chegou a dizer ao Lucas que iria revelar tudo a mim.
O Lucas relatou a você que estava recebendo ameaças?
A partir de julho, ele começou a andar armado, contratou segurança particular, mas eu não tinha ideia do tamanho das ameaças e problemas que ele estava enfrentando com a Jordana.
Na época, ele me disse que achava o local da cafeteria um pouco perigoso à noite e resolveu melhorar a segurança dele.
Eu cheguei a pedir para ele dispensar a escolta pessoal, pois não achava necessário aquilo tudo.
Ele atendeu ao meu pedido e passou a andar apenas armado.
Sobre os R$ 200 mil entregues pelo Lucas, no quartel, a um funcionário dos Supermercados Vitória, você soube disso?
Sim, mas não existe essa coisa de R$ 1 milhão como muitos falaram por aí.
O Lucas devolveu R$ 200 mil ao funcionário do supermercado. Esse valor havia sido repassado a ele pela Jordana, conforme investigação da polícia.
As investigações da polícia levantaram a hipótese de que o Lucas foi morto na cafeteria, pois era um negócio financiado pela Jordana. Você tem conhecimento sobre isso?
Eu não dei R$ 1 sequer para aquilo ali. O imóvel onde está a cafeteria é da minha família, mas o empreendimento não contou com dinheiro meu.
Não sei dizer se a Jordana repassou dinheiro a ele pra isso. Desconheço.
Ainda sobre esse assunto, o envolvimento dele com dinheiro de terceiros. Muito se falou disso e até o acusando de ser um “alpinista social”. O que você tem a dizer sobre isso?
Eu desconheço isso. O Lucas nunca aceitou ajuda financeira alguma minha ou da minha família.
Por isso, não sei o porque das coisas terem acontecido também dessa forma.
Após todas essas revelações e todo esse drama que você e as famílias estão vivendo, você conseguiria dizer quem, de fato, pode ter mandado matar o seu marido?
Eu acredito que o crime foi arquitetado, pois ocorreu mais de um mês após a descoberta de tudo. Eu acho que a Jordana é o núcleo principal para elucidar o caso.
Ela detém as informações, ela se relacionou com o Lucas. Foi ela quem iniciou as ameaças, foi ela quem esteve frente a frente com o marido quando tudo veio à tona.
Com certeza muita coisa foi dita e muita coisa foi planejada de julho até o dia do crime. Quem mandou e quem cometeu, eu não sei dizer. Só acho que a Jordana, se quiser, ajuda a elucidar tudo isso.
Crédito: PORTAL NORTE DE NOTÍCIAS