Asfalto cede e cratera interdita BR-319 no Amazonas
Uma cratera se abriu e interditou a rodovia BR-319 no Amazonas, na última segunda-feira (23). O asfalto cedeu na altura do quilômetro 16. A rodovia é a única ligação terrestre do Amazonas com as demais regiões do Brasil.
O trânsito de veículos para os municípios de Careiro da Várzea e Manaquiri está interrompido.
De acordo com a superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Arlene Lamego, a cratera surgiu a partir de um bueiro, após as fortes chuvas que atingiram a região. A correnteza da água causou uma erosão que provocou o desabamento da pista.
Máquinas e equipamentos para a reconstrução da pista serão transportados em balsas até o local.
BR-319
Inaugurada em 1976, a BR-319 é a única rodovia que liga Manaus a Porto Velho e é conhecida pelas péssimas condições. Tem mais de 800 quilômetros de extensão, porém somente os segmentos localizados próximos às capitais estão asfaltados.
Há trechos não pavimentados que causam prejuízos a quem necessita trafegar pela estrada. As alternativas à rodovia são o transporte aéreo ou por barco, em uma viagem que dura quase uma semana.
A rodovia possui trechos danificados e não tem pavimentação em quase toda a sua extensão, o que provoca atoleiros “gigantes” no período chuvoso. Já no período de estiagem, os motoristas reclamam de outros problemas: buracos e poeira.
O problema dos atoleiros que ficam na rodovia voltou a ser evidenciado em janeiro, quando os hospitais de Manaus ficaram sem oxigênio por conta de um novo surto de Covid-19. Um comboio que levava oxigênio para a capital do Amazonas pela BR-319 enfrentou dificuldades no trajeto. Os veículos, que deveriam cruzar 800 km em 36 horas, levaram mais de cinco dias na estrada e chegaram a Manaus com atraso.